A comida do paulistano ficou mais cara no mês de setembro. Com uma variação de 15,92% em relação ao ano passado, os produtos que integram a lista de alimentos contidos na Cesta Básica passaram a custar R$ 241,08, um aumento real de R$ 11,19. De acordo com o Dieese, houve variação de 2,30% sobre a listagem de 13 itens com relação ao mês de agosto. A cesta mais cara do país foi identificada em Porto Alegre, onde o valor subiu 1,17% e chegou a R$ 243,73.
Carne, Leite e feijão, esses são os produtos de maior preço que encabeçam a listagem da Cesta Básica e encarecem sua aquisição. Em setembro a carne, sendo o produto mais caro da lista, teve uma variação anual de 14,49%. Segundo apontou o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômico (DIEESE), o produto derivado de animal custou aos paulistanos R$ 81,54 (quantidade de 6kg).
Com uma expressiva redução o Leite passou de R$ 12,30 em setembro de 2009, para R$ 11,63 no mesmo período deste ano (quantidade de 7,5 litros). O Feijão teve variação de 8,87 (% anual), passando de R$ 13,64 (9/2009) para R$ 14,85 (9/2010).
Segundo a reportagem da jornalista Marli Moreira, da Agencia Estado, O valor médio da cesta básica subiu em setembro, na comparação com agosto, em 14 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. O maior aumento, de 3,67%, foi constatado em Salvador, seguido pelo Rio de Janeiro (3,62%), por Vitória (3,39%) e Fortaleza (3,13%).
De acordo com a reportagem as maiores elevações foram indicadas em Curitiba, com alta de 2,11% e custo de R$ 219,28; Recife, com aumento de 2,11% e valor de R$ 192,20; e Belo Horizonte, com elevação de 1,80% e valor de R$ 217,66. Em Manaus, a cesta subiu 1,10%, e o valor está entre os mais altos – R$ 228,76.
O trabalhador com renda equivalente de um salário mínimo teve de comprometer 45% do valor para arcar com o custo da cesta, ante 44,29%, em agosto. Para adquirir os itens da cesta, ele teve de ampliar em quase duas horas a jornada de trabalho, em comparação com o mês anterior, passando de 89 horas e 38 minutos para 91 horas e quatro minutos.
Entre os produtos que ficaram mais caros estão o óleo de soja, com preço corrigido em 16 das 17 capitais. De acordo com a análise técnica do Dieese, o que elevou o preço desse item foi a demanda em alta no mercado internacional e a baixa oferta interna de matéria-prima.
A carne e o pão francês também ficaram mais caros, em 15 capitais. No caso da carne, a razão foi a longa estiagem que afetou os pastos, fazendo com que os produtores reduzissem a oferta de animais para abate. Já a alta do pão foi motivada pela redução na oferta interna de trigo, com a necessidade de importação.
Alexandre Oliveira
* Com informaçoes – Agencia Estado