O candidato a deputado estadual da região, Geraldo Cruz (PT), foi eleito com 131.206 votos, apurados no domingo, dia 3 de outubro. Sua margem de votação garantiu a 18° colocação geral no quadro de candidatos ao cargo de deputado estadual no Estado de São Paulo, ficando em 5º lugar em seu partido. No Embu Geraldo obteve uma votação esmagadora, ficando com 53.17% de todos os votos válidos para deputado estadual, atingindo 69.295 votos, pouco mais da metade de toda a sua votação no Estado. Ou seja, a cada dois votos para deputado computados em Embu, um era do ex-prefeito.
Pelo PSDB, a deputada estadual Analice Fernandes conquistou seu terceiro mandato consecutivo, atingindo 125.116 votos, sua melhor marca, sendo a 21ª melhor colocada em todo o Estado. Em Taboão da Serra, sua principal base eleitoral, Analice obteve quase 24% dos votos válidos da cidade para o cargo que disputou, com 31.388 votos, cerca de 25% do total.
O que se nota é que os dois mandatos da deputada fizeram com que ela ‘espalhasse’ seus votos para dezenas de cidades paulistas, e o ‘reduto’ perdeu a importância capital que tinha para sua eleição, ao contrário de Geraldo Cruz que, estreante na Assembleia Legislativa, teve em Embu sua principal força, praticamente de cada dois votos que obteve, um deles foi recebido em sua cidade. No Embu a deputada Analice também não decepcionou e atingiu 12.081 votos (9,27% dos válidos). O PSDB teve ainda o candidato a deputado estadual com a maior votação no Estado, Bruno Covas, que obteve 239.150 mil votos.
DUPLA REPRESENTAÇÃO
A eleição de dois deputados estaduais mostra a força da região Sudoeste em protagonizar processos eleitorais, mas para que estes mandatos frutifiquem em benefícios para o avanço regional, é preciso que os eleitos deixem de lado as questões partidárias e tenham verdadeiro empenho em dialogar com os setores empresariais, públicos e sociais da região que representam, para que sejam realmente úteis e necessários aos interesses de nosso desenvolvimento. Alguns exemplos: no próximo período a região industrial de Embu necessitará de melhor infraestrutura, já que as obras do Rodoanel causaram grande impacto, particularmente no sistema viário.
Na educação, foram implantadas a Fatec (Escola Estadual de nível médio) e a Universidade Federal (Campus Avançado, em uma escola da Prefeitura), mas em ambos os casos, os cursos oferecidos estão longe de representar realmente qualificação em larga escala para o desenvolvimento regional. A falta de mão de obra especializada é justamente um dos pontos fracos e problema para as empresas na hora do recrutamento de pessoal. Estas e outras questões podem (e devem) freqüentar a pauta dos deputados eleitos.
FEDERAIS
Dra. Rosiane Farias (PSB), candidata apoiada pelo marido e prefeito de Taboão da Serra, Dr. Evilásio Farias, não conseguiu uma vaga como deputada federal. Ela obteve apenas 45.862 votos no total do Estado, figurando na 108ª colocação no quadro geral. Ney Santos (PSC), de Embu conseguiu apenas 40.321 votos, terminando como suplente de seu partido, na 116ª colocação geral do Estado.
Para o cargo de Deputado Federal o inusitado ficou por conta da ampla votação do candidato comediante Tiririca (PR). Na região, ele ficou sempre entre os mais votados, chegando ao 2º lugar em Embu, com 9.933 votos na cidade. Com o número de 1.353.820, correspondendo a 6,35% do total de votos válidos das urnas no Estado, o candidato “palhaço” Tiririca ficou próximo da marca de Enéas Carneiro (ex-político, falecido por leucemia em 2007) com o recorde de votação (1,6 milhão de votos em 2002 para deputado federal). Segundo as regras para o preenchimento das bancadas na Câmara dos Deputados (estimativa de 150 mil votos para eleger um candidato em votação direta), Tiririca levou cerca de quatro pretendentes de sua coligação à composição de sua bancada, fato criticado por muitos analistas políticos.
(Reportagem: Alexandre Oliveira e Márcio Amêndola – www.fatoexpresso.com.br)