São Paulo – A senadora Marina Silva (PV-AC) afirmou que a campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República aderiu a mais pontos de seu plano de governo. O balanço foi feito a partir de dez itens chaves encaminhados a cada uma das campanhas antes da definição da posição da legenda, no dia 17.
A terceira colocada no primeiro turno da corrida ao Palácio do Planalto sustenta que houve pontos em que tanto a governista como o oposicionista José Serra (PSDB) concordaram com propostas dos verdes.
A declaração foi feita em entrevita a Kennedy Alencar, jornalista da Folha de S. Paulo, em entrevista em vídeo ao “É notícia”.
Embora tenha definido não aderir a nenhuma das candidaturas para o segundo turno, a avaliação indica maior afinidade com a candidatura governista. “Não é neutralidade”, explicou. Isso porque, em sua visão, o fato de não apoiar outro concorrente envolve análise crítica das posições apresentadas. Os compromissos de cada coligação foram feitosa por escrito.
Marina explicou que os ex-coordenadores de sua campanha Basileu Margarido Neto (que ocupou a presidência do Ibama) e Alfredo Sirkis (vereador pelo Rio de Janeiro) foram os responsáveis por dialogar com representantes das campanhas adversárias. De um lado, o interlocutor foi Marco Aurélio Garcia (PT), assessor especial da Presidência da República e coordenador da campanha de Dilma. Do outro, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), senador eleito, e Xico Graziano (PSDB), ex-secretário do Meio Ambiente de São Paulo.
“(Na convenção) fizemos um quadro onde estavam nossos dez pontos, as respostas da ministra Dilma, as respostas do governador Serra, para que os convencionais pudessem avaliar”, descreveu. “Alfredo (Sirkis) fez um informe e o que ele disse (…) é de que houve um acolhimento um pouco maior por parte da candidatura da ministra Dilma e um acolhimento um pouco menor por parte da candidatura do governador Serra. Nenhum dos dois se comprometeu com a integralidade dos pontos”, analisou.
Dilma e Serra concordaram com o PV em aspectos como a educação. “O que precisa ser feito é levar a concordância para a atitude prática, para resultado efetivo”, enfatiza Marina. Na entrevista, ela voltou a classificar seus concorrentes como “competentes” e “com perfil gerencial, como eu dizia no primeiro turno”. Ela criticou o “promessômetro” dos candidatos, em referência à promessa de reajustar o salário mínimo para R$ 600 antes mesmo de ter dimensão das contas públicas.
(Por: Redação da Rede Brasil Atual)