Corregedoria vai apurar se Promotor estaria movido por preconceito ao perseguir Tiririca, que foi eleito deputado federal com a maior votação do País. Maurício Lopes estaria tentando cassar o mandato do palhaço, quase como uma ‘missão’.
O Promotor Público paulista Maurício Antonio Lopes passou de ‘investigador’ a investigado no caso do processo de cassação do palhaço Tiririca por analfabetismo. A Corregedoria do Ministério Público do Estado de São Paulo irá apurar os excessos do promotor, que insiste em tentar impedir a posse do deputado federal eleito com a maior votação do País, Francisco Everardo Oliveira Silva, do PR (Partido da República), que alcançou 1.353.820 de votos (6,35% dos votos válidos no Estado) nas eleições.
“Holofotes”
A investigação foi solicitada pelo conselheiro Bruno Dantas junto ao CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público, um organismo externo de investigação dos atos do próprio MP. Na representação, Dantas afirma que o promotor Maurício Lopes proferiu “manifestações públicas inadequadas, exageradas e preconceituosas” contra Tiririca, e “optou pela desmoralização pública do candidato eleito, em vez de pautar sua atuação na técnica processual, como faz a maioria dos membros do Ministério Público que não depende dos holofotes”.
Maurício Lopes foi o centro das atenções da Imprensa brasileira ao perseguir Tiririca, tão logo se percebeu que seria um fenômeno eleitoral que desequilibraria as forças na eleição para deputado federal. Aliado ao PT e PCdoB, o PR de Tiririca acabou arrastando mais alguns deputados para sua coligação, ajudando, por exemplo, o PT a conquistar a maior bancada paulista e nacional, em detrimento de PSDB e DEM.
Caso Lopes consiga anular todos os votos de Tiririca, além dele, outros deputados eleitos pela coligação, como o ex-delegado Protógenes Queiroz (PCdoB) e Vanderlei Siraque (PT) perderiam também a vaga na Câmara Federal, alterando o quociente partidário e, possivelmente, elegendo mais deputados da oposição. Esta seria a intenção ‘oculta’ do promotor? Esta é uma das possibilidades que pode ser investigada. Durante suas muitas entrevistas à imprensa, o promotor Maurício Lopes teria dito que era uma “questão de honra” cassar Tiririca, e que sua vitória seria um verdadeiro “estelionato eleitoral”.
Recentemente Tiririca passou por um teste de alfabetização junto à Justiça Eleitoral, sendo considerado aceitável seu nível de leitura, mas o Promotor Maurício Lopes recorreu por achar que o candidato não acertou 30% do teste, requisito para que uma pessoa seja considerada alfabetizada. No Brasil a legislação não permite que analfabetos ocupem cargos públicos.
Contas de Tiririca aprovadas
As contas do candidato eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR) foram aprovadas normalmente pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Para se eleger, o palhaço Tiririca, como é nacionalmente conhecido, gastou cerca de R$ 678 mil, valor quase totalmente coberto por seu partido.
(Márcio Amêndola, para o Fato Expresso, com informações de sites oficiais)
Sou professor de Física da rede estadual de São Paulo, participo de diversos movimentos sociais, não acredito em partidos políticos, no capitalismo e muito menos no sistema. Quero apenas dizer que não posso ser a favor de que “os fins justificam os meios”. O fato de Tiririca ser analfabeto e querer ser um legislador já é grave, mas “blindá-lo” só por que é da esquerda e omitir que ele falsificou um documento para poder ser candidato é querer defender o indefensável. Até o Mercadante ficou incomodado com o nível da campanha do Tiririca. Se a esquerda precisa disso para eleger deputados, alguma coisa anda muito errada no seu relacionamento com o eleitorado. Um pouco de ética seria bom. Não são os fins que justificam os meios, mas os meios utilizados é que dão o real valor a aos objetivos. Adianta acabar com a miséria e viver numa república de corrupção, do vale tudo para se dar bem? Sei que não adianta falar, pois tenho consciência que os editores e maioria do militontos são como torcedores de clube de futebol(esquerda, direita ou centro): o que importa é ganhar. Mas eu pergunto: a que preço?