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No dia 21 de dezembro passado denunciamos que, com a autorização da Coca-Cola, membros da Polícia Nacional entraram violentamente nas instalações de engarrafamento em Medellín com tanques blindados, com escudos e armas, disparando gases químicos, com a finalidade de intimidar e pressionar os trabalhadores subcontratados que estavam em greve. O conflito trabalhista foi militarizado e os trabalhadores obrigados a abandonar o protesto e a aceitar o compromisso verbal da multinacional de resolver o conflito.
Simultaneamente foram notificados da demissão. Desde esse momento, a polícia permanece dentro da fábrica da Coca-Cola, 24 horas por dia, aterrorizando os trabalhadores.
Não nos causa estranheza o não cumprimento dos compromissos da multinacional nem a sua estreita relação com a força pública. Não é a primeira ocasião que evidencia a utilização da polícia nacional para reprimir, coagir e aterrorizar os trabalhadores que reclamam o respeito pelos seus direitos. A Coca-Cola sempre fez gala de utilizar o terror para obter melhores benefícios nos seus negócios… quanto mais terror, mais benefícios para os seus acionistas e melhor vida para os donos da empresa.
Pouco a pouco fica evidente por que razão esta multinacional gringa realizou a sua assembléia de acionistas no passado dia 8 de fevereiro de 2010 no forte militar de Tolemaida (Centro Nacional de Treino Cenae) no município de Melgar Tolima. Vale a pena recordar que Tolemaida é uma das bases militares dos Estados Unidos no nosso território, a partir das quais não apenas se atenta contra a soberania nacional, mas também contra a segurança dos povos da América. Muito engraçado! Agora as instalações da Coca-Cola não são só fábricas de engarrafamento mas também quartéis da polícia…
Enganando os trabalhadores
Uma funcionária do Ministério da Proteção Social enganou os concessionários em conluio com a Coca-Cola em Medellín. A funcionária do Ministério da Proteção Social foi convocada pela empresa Coca-Cola para enganar os concessionários violando o artigo 38 da Constituição Política da Colômbia ao lhes dizer que por terem um contrato comercial não podiam ser membros do Sinaltrainal [Sindicato Nacional de Trabalhadores do Sistema Agro-Alimentar], que o único que podiam fazer era criar um sindicato desse ramo. E nisso se apoiou a empresa para reunir todo o pessoal da Coca-Cola para lhe manifestar que a Sinaltrainal tinha enganado os concessionários e os seus trabalhadores, sabendo que esta mesma funcionária tem conhecimento de que os trabalhadores da Holasa (empresa de embalagens de lata para produtos alimentares) que são afiliados do Sinaltrainal (http://www.sinaltrainal.org/).
Aqui nos damos conta que sempre o Ministério da Proteção Social está a serviço do patronato e não do trabalhador para o qual esse ministério foi criado. Esta funcionária deve ser investigada pela procuradoria e denunciada a nível internacional.
Veja o vídeo sobre a greve na fábrica da Coca-Cola, na Colômbia, de 17 e 18 de dezembro de 2010:
(Fonte: Investigando o Novo Imperialismo