iG fez levantamento no site da Assembleia Legislativa de SP e descobriu que a deputada estadual de Taboão da Serra foi a primeira colocada em gastos com verbas indenizatórias
O portal iG realizou uma pesquisa sobre os gastos dos deputados estaduais paulistas com as chamadas verbas indenizatórias e descobriu que a deputada Analice Fernandes (PSDB), que tem base eleitoral em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, é a campeã absoluta neste quesito, no primeiro semestre de 2011, com R$ 92.016,76 de gastos entre 15 de março e 30 de junho.
O portal inicia ironizando, ao afirmar que, em seu terceiro mandato, a deputada agora é a campeã de gastos, mas que em seus mandatos anteriores (8 anos) teria apresentado apenas 13 projetos de interesse público (pouco mais de um por ano), ‘batizou’ 10 ruas e realizou 132 homenagens na Assembleia Legislativa. Durante este ano Analice teria gasto mais da metade da verba apenas pra promover a própria imagem (R$ 59,2 mil), tendo participado de apenas duas sessões como oradora, mas se justificou dizendo que participou calada de várias outras sessões.
Como representante nas Comissões de Saúde e de Infraestrutura a deputada também pouco compareceu às respectivas reuniões, das quais ela teria participado apenas três vezes na de Saúde e uma única vez na de Infraestrutura. Segundo sua assessora Cláudia Funari, Analice teria um “perfil diferenciado”, e faria muitas visitas às suas bases eleitorais, para justificar o comportamento atípico da parlamentar, ao tentar explicar os problemas apontados pela repórter Nara Alves, do iG São Paulo.
Uma das desculpas é que a outra base da deputada (além de Taboão) seria a sua cidade natal, Jales, no interior paulista a cerca de 600 km da Capital. Como a cidade não tem aeroporto, a justificativa da deputada seria de que perde muito tempo em deslocamentos de carro até a cidade, daí sua baixa participação em sessões na Alesp. Essa explicação irritou o aposentado Valdir José Cardoso, morador de Jales e que mantém um blog na internet (veja link abaixo). Segundo o Blog do Cardosinho, “se eu entendi bem a explicação dada pela assessoria da deputada, a culpa pelos gastos excessivos e a baixa produção é da nossa modesta cidade, que tem um estadista sentado na cadeira de prefeito, mas não tem um aeroporto decente, onde Analice possa pousar”.
Deputada tem 91% de projetos “sem relevância”
De acordo com a Organização Não Governamental Transparência Brasil, das 155 proposições apresentadas pela deputada Analice Fernandes entre 2003 e 2010, 91,6% foram “sem relevância”, ou seja, leis denominando ruas e prédios públicos, homenagens no plenário da Assembleia, entre outras atividades de menor relevância.
Um dos destaques nos gastos da deputada com as verbas indenizatórias, segundo o iG, foi justamente a manutenção de seu site, onde promove, além de sua própria imagem, a de seu marido Fernando Fernandes Filho, ex-prefeito e pré-candidato à reeleição em Taboão da Serra nas eleições de 2012. Sempre que possível, Fernando aparece em fotos e textos como ‘ex-prefeito’, não sendo citado como assessor do governo do Estado, onde teria um cargo em comissão (de confiança, sem concurso Público).
Outro deputado da Região
O outro deputado da região, eleito para seu primeiro mandato em 2010 é Geraldo Cruz (PT), ex-prefeito de Embu das Artes. Segundo o levantamento realizado junto à Assembleia Legislativa de São Paulo ele ficou em 82º lugar em gastos com verbas indenizatórias, entre os 94 parlamentares estaduais.
Cruz gastou entre março e junho de 2011 um total de R$ 20.017,90, ou seja, quatro vezes e meia menos que a colega de região, Analice Fernandes. Os gastos com verbas indenizatórias praticados por Geraldo Cruz foram considerados modestos, já que o limite para cada deputado seria de aproximadamente R$ 130 mil no semestre. Até o final do primeiro semestre, os 94 deputados já consumiram R$ 4,2 milhões em verbas indenizatórias. Até o final de 2011 este valor pode chegar a cerca de R$ 10 milhões, caso o atual nível de despesas se mantenha por parte dos deputados, já que no primeiro semestre houve apenas 3 meses e meio de atividade parlamentar, enquanto no segundo serão pelo menos 4 meses e meio de sessões, antes do recesso parlamentar de dezembro.
(Fato Expresso, com informações do portal iG e sites da Assembleia Legislativa de SP e dos deputados estaduais).
Se o limite semestral de cada deputado estadual paulista é de R$ 130.000,00(cento e trinta mil reais ),não entendo o motive desse farol todo na deputada Analice que fez USO de R$ 92.000,00(novena e dois mil reais),valor esse totalmente legal.
Ilegal foram os R$ 10.000.000,00(DEZ MILHŌES de reais)roulades dos cofres públicos de Taboão da Serra atravez de baixas em IPTU e MULTAS DE TRÂNSITO.
Ninguem devolveu um centavo,Tiveram o pagamento do advogado que libertou 26 suspeitos pagos com R$ 400.000,00(quatrocentos mil reais)dinheiro de negociatas entre o prefeito e uma empresa que presta serviços milionários para a prefeitura.Não conseguiram explicar isso ainda.
No caso do novato deputado Geraldo Cruz não ter usado esta verba
É porque não foi devidamente orientado por seu chefe de gabinete ou por sua assessoria
Jurídica.