Ministério dos Transportes libera R$ 371.875.000 para Rodoanel em SP. Enquanto isso, Ministério Público cobra entrega de áreas verdes de compensação ambiental
Nesta segunda-feira (12), o Governo Federal, através do Ministério dos Transportes anunciou a liberação de R$ 371,875 milhões para a construção do trecho Norte do Rodoanel. Os recursos serão descentralizados pela Subsecretaria de Planejamento e Orçamento para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e liberada para o governo paulista, que tocará a obra.
Quando concluída a construção, o Rodoanel irá ligar rodovias que chegam à capital paulista. As vias conectadas serão: Bandeirantes, Anhanguera, Castello Branco, Raposo Tavares, Régis Bittencourt, Anchieta, Imigrantes, Ayrton Senna, Fernão Dias e Dutra.
Rodoanel e Aeroporto de Guarulhos
O custo total estimado do trecho norte do Rodoanel é de R$ 6,1 bilhões. A via terá 44 km de extensão, sete túneis, 20 viadutos e deve passar por São Paulo, Guarulhos e Arujá. A previsão é que a obra esteja concluída em dezembro de 2014. Com a conclusão do trecho norte, o Rodoanel se interligará com a Rodovia Fernão Dias (Federal) e o Aeroporto de Guarulhos. Atualmente, a ligação dos trechos Oeste e Sul (neste sentido) do Rodoanel com o Aeroporto de Cumbica (Guarulhos) já é possível, através da Avenida Jacu-Pêssego, que atinge a Ayrton Senna. Para quem sai do trecho Oeste a distância é de mais de 100 km até o Aeroporto, mas a verdadeira viagem pode valer a pena, dependendo do horário, já que o acesso via Marginais do Pinheiros e Tietê vive congestionado.
MP cobra entrega de áreas verdes
O Ministério Público Estadual de São Paulo investiga o atraso na entrega de parques e unidades de conservação como compensação ambiental do trecho sul do Rodoanel. O prazo para a entrega terminou no final de 2010.
A promotora de Justiça do Meio Ambiente de São Paulo Claudia Cecília Fedeli pediu que a Desenvolvimento Rodoviário SA (Dersa) apresente a documentação relacionada a setes áreas verdes que já deveriam ter sido entregues.
De acordo com a Dersa, os parques em Embu e as unidades de conservação de Jaceguava, Varginha e Bororé, na capital, já estão concluídas. A Unidade de Itapecerica da Serra tem infraestrutura pronta, enquanto a de Riacho Grande, em São Bernardo do Campo, ainda está em fase de desapropriação. A unidade de conservação do Itaim esbarra em processo judicial para remoção dos moradores.
Porém, a área de Embu, por exemplo, está inconclusa. A única coisa que a Dersa fez foi gastar menos de R$ 300 mil em postes e alambrados para cercar a área. No local um grande parque está sendo construído em etapas, com verbas de aproximadamente R$ 30 milhões do governo federal. Uma Universidade Federal também está sendo construída no local, com apoio da prefeitura de Embu.
Segundo o Ministério Público, somente a unidade de Embu foi realmente entregue. A promotoria notificou às prefeituras de São Paulo, São Bernardo, Embu e Itapecerica da Serra sobre a instauração do inquérito e pediu que as administrações enviem informações sobre a situação da implantação das áreas verdes.
Segundo a Dersa, a compensação pela supressão de 212 hectares de vegetação foi feita a partir da recuperação ambiental de 1.016 hectares, com a plantação de espécies nativas. A cobrança de pedágio no trecho sul começou no dia 24 de agosto. A empresa responsável é a SPMar, consórcio ligado ao Grupo Bertin.
(Fato Expresso, com informações complementares de Jéssica Santos de Souza, Rede Brasil Atual)
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