Parte do material foi descoberto na casa da namorada de um dos suspeitos, em Embu, mas grande parte das jóias e dinheiro ainda não foram encontrados
Policiais do DEIC – Departamento de Investigações sobre Crime Organizado, encontraram parte das jóias e dinheiro (libras esterlinas) roubados de cofres particulares do Banco Itaú (em 27 de agosto) na madrugada entre quinta e sexta-feira, de 15 para 16 de setembro em uma casa localizada em Embu das Artes. O local era a residência da namorada do pedreiro Marco Antônio Rodrigues dos Santos, de 29 anos, cujo irmão Francisco Rodrigues dos Santos, o Chico, de 45 anos foi um dos assaltantes dos cofres particulares da agência do Banco Itaú, na Avenida Paulista.
Na casa da namorada de Marco Antonio, no Embu, a polícia encontrou quase 11 mil libras esterlinas (moeda inglesa), várias jóias, pedras preciosas, além de uma ferramenta especial para cortar metais, que pode ter sido usada no assalto. Marco já havia comprado uma picape Chevrolet Montana com parte do dinheiro do assalto, o que levantou as suspeitas sobre ele, que teria comprado o veículo com dinheiro vivo (dólares). O veículo também foi apreendido. O irmão do suspeito, o Chico está foragido; ele já tem passagens por roubo a banco.
A polícia estima que 170 cofres particulares do Banco Itaú foram arrombados pelos ladrões, cuja quadrilha pode ter mais de 10 integrantes. O assalto espetacular foi realizado na madrugada, entre os dias 27 e 28 de agosto, de sábado para domingo, quando os ladrões dominaram os seguranças e permaneceram por mais de 10 horas na agência entre a Avenida Paulista e Rua Frei Caneca, em pleno centro financeiro da Capital. Pelo menos cinco integrantes da quadrilha já teriam sido identificados pela polícia, mas os nomes dos suspeitos ainda são mantidos em sigilo para não prejudicar as investigações.
Suspeita-se que funcionários de uma empresa de segurança e vigias do banco tenham sido cúmplices da ação dos bandidos, já que nenhum alarme foi disparado. O assalto pode ter sido o maior da história do País, e os prejuízos dos clientes podem chegar a centenas de milhões de reais, porém a identificação das próprias vítimas é complicada, já que a maioria nem registrou ocorrência, por se tratarem de cofres particulares, onde os bens guardados nem sempre são declarados no imposto de renda.
Entre as vítimas do assalto, famílias poderosas como os próprios controladores do Banco Itaú, os Setúbal, que tinham jóias que foram roubadas. Também teriam sido vítimas a família Mofarrej, do ramo de hotelaria, e uma famosa joalheria de São Paulo, a Momussk, que guardava parte de seus produtos nos cofres particulares arrombados. Até o momento, somente 5 vítimas registraram ocorrência do roubo.
(Fato Expresso)
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