A reação ao acordo entre supermercados e governo de SP no caso das sacolinhas plásticas
A Revista do Brasil de fevereiro destaca a reação ao acordo entre a Associação Paulista de Supermercados e o governo do Estado, restritivo ao uso de sacolinhas plásticas nos estabelecimentos. Na reportagem de Cida de Oliveira, especialistas, usuários e trabalhadores alertam para o desrespeito aos direitos do consumidor, o oportunismo das empresas ao empregar discurso ecológico para cobrar por um produto que têm obrigação de fornecer, o risco de desemprego para milhares de pessoas e tudo isso sem impactos efetivos na questão ambiental.
A reportagem é publicada num momento em que parte da sociedade reage às intenções nada ecológicas das empresas que querem repassar mais este custo para a sociedade. Pioneira na região sudoeste da grande São Paulo em buscar alternativas ao uso das sacolas plásticas, a vereadora Maria Cleuza Gomes, a Ná (PT) de Embu das Artes é autora de uma Lei Municipal de 2009, que obriga as empresas da cidade a fornecerem sacolas ecológicas (biodegradáveis) ou retornáveis, desde que sem qualquer custo adicional aos clientes dos supermercados.
No Embu das Artes como em outras cidades, os supermercados pressionados por leis semelhantes entraram na justiça para não fornecerem sacolas ecológicas, mais caras, porém aceitaram rapidamente um acordo com o governo tucano, transferindo o ônus das sacolas para os clientes dos supermercados.