O deputado do PP e ex-governador paulista consta na lista da Interpol, a polícia internacional, como criminoso procurado. Se sair do Brasil, vai para a cadeia
Os nomes de Paulo Salim Maluf (PP) e de seu filho Flávio Maluf continuam a constar na lista de ‘Alerta Vermelho’ da Interpol, a Polícia Internacional. Esta lista tem os nomes dos criminosos mais procurados do mundo. Maluf havia entrado na Justiça de Nova York para que seu nome deixasse de constar na lista, mas perdeu a ação e continua a ser considerado um foragido da justiça internacional.
Segundo a juíza Marcy Friedman, da Corte Suprema de Nova York, tanto Maluf como seu filho, não conseguiram justificar a origem de depósitos bancários nos EUA em seus nomes, da ordem de US$ 11,6 milhões, que teriam sido fruto da lavagem de dinheiro roubado da prefeitura de São Paulo no período em que o político paulista foi prefeito da cidade, entre 1993 e 1996. Parte do dinheiro desviado foi usado para despesas pessoais de Maluf e seus familiares quando da estada em Nova York.
Caso seja condenado por este crime, Paulo Maluf poderá ser condenado a até 25 anos de prisão, mas ficando no Brasil dificilmente ele será preso, já que responde a dezenas de processos, sofridos nos últimos 40 anos, sem jamais ter sido condenado em última instância. Se sair do país, ele poderá ser preso em qualquer parte do mundo (inclusive na Europa) e ser extraditado para os EUA, onde deverá cumprir sua sentença.
PP de Maluf é cobiçado pelo PSDB
Alheio às acusações internacionais contra Paulo Maluf, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) quer uma aproximação com o deputado e seu partido, o PP, na tentativa de fortalecer as campanhas eleitorais municipais de seu partido, particularmente na Capital paulista, onde José Serra vive uma disputa renhida por mais apoios partidários fora do ninho dos tucanos. O objetivo principal é o de ampliar os minutos a que Serra terá direito no horário eleitoral gratuito, considerado fundamental para a tentativa de retomada da prefeitura. Segundo projeções do PSDB, Serra será mais competitivo em São Paulo se alcançar o apoio do PP de Maluf e do DEM (Partido Democratas). Para se aproximar do PP em São Paulo, Alckmin ofereceu ao partido a presidência da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano), exercida atualmente pelo engenheiro Antonio Carlos do Amaral Filho, ligado a Maluf e ao PP paulista.
Paulo Maluf, quando da nomeação do novo presidente da CDHU em 13 de junho passado, divulgou em seu site que a estava assim “consolidada a parceria com o PSDB em São Paulo”. Segundo a nota do site de Maluf, o “engenheiro Antônio Carlos do Amaral Filho assumiu o cargo de presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), em posse que marcou a entrada do Partido Progressista como parceiro do PSDB no governo paulista. Coube ao presidente estadual do PP, deputado federal Paulo Maluf, enfatizar que a aliança, costurada por ele e por Geraldo Alckmin, poderá sim ter reflexos na eleição para o Governo do Estado em 2.014”, além da natural parceria com José Serra já em 2012, na disputa pela prefeitura da Capital.
(Márcio Amêndola, para o Fato Expresso, com informações de agências locais e internacionais)
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