Brasileiros, com 43 medalhas, 21 de ouro, ficaram em 7º lugar, desempenho muito superior aos atletas olímpicos sem deficiência
Brasília – Ao receber a bandeira Paralímpica na festa de encerramento dos Jogos de Londres, pois vai sediar a edição de 2016, no Rio de Janeiro, o Brasil deixa a capital inglesa com a sua melhor campanha desde que começou a participar da competição na Alemanha, nos Jogos Paralímpicos de Verão Heidelberg 1972, quando não conquistou medalhas.
Nos Jogos que teve a China na primeira colocação, com 231 medalhas, sendo 95 de ouro; a Rússia em segundo com 102 (36 de ouro); e a Grã-Bretanha em terceiro, com 120 medalhas (34 de ouro); o Brasil ficou em sétimo com 21 medalhas de ouro, 14 de prata e 8 de bronze (43 no total), atrás ainda da Ucrânia, 84 medalhas (32 de ouro); Austrália, 85 medalhas (32 de ouro); e dos Estados Unidos, 98 medalhas (31 de ouro), mas à frente da Alemanha (18 ouros, 26 pratas, 38 bronzes e 98 no total).
Com esse desempenho, a equipe brasileira cumpriu a meta determinada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, de ficar entre os sete primeiros colocados no quadro geral de medalhas, melhorando duas posições em relação ao 9º lugar estabelecido em Pequim, na China, há quatro anos.
Atletas como Daniel Dias, que obteve o recorde brasileiro nos Jogos, ao ganhar seis ouros em provas de natação, e André Brasil, que faturou três ouros e duas pratas nas piscinas, foram fundamentais para alcançar esse resultado. Ressalte-se ainda o tricampeonato do futebol de 5 e a competição de bocha, com destaque para Dirceu Pinto, além do excelente desempenho do atletismo, com vários ouros conquistados.
A cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Londres foi marcada pela apresentação da banda Coldplay que levou o público a uma viagem através das quatro estações do ano. Coube ao velocista Alan Fonteles, medalha de ouro nos 200 metros T44, derrotando o sul-africano Oscar Pistorius, conduzir a bandeira brasileira na entrada da delegação do país no Estádio Olímpico.
Durante a passagem da bandeira paralímpica para a cidade do Rio de Janeiro, representada pelo prefeito Eduardo Paes, um show de oito minutos, que misturou dança e música, reuniu artistas brasileiros como Thalma de Freitas, Carlinhos Brown e a banda Paralamas do Sucesso, além da participação dos bailarinos brasileiros Thiago Soares e Roberta Marquez, que integram o Royal Ballet de Londres. Eles se apresentaram com as bailarinas cegas da Associação de Ballet e Artes para Cegos.
Os Jogos Paralímpicos do Rio serão realizados logo depois dos Jogos Olímpicos, que ocorrem entre 5 e 21 de agosto de 2016, e contarão com cerca de 4.200 atletas de mais de 150 países.
A competição na capital fluminense terá a inclusão de dois novos esportes, o paratriatlo e a paracanoagem, e totalizará 22 modalidades. A expectativa é que 5.500 jornalistas, 30 mil voluntários e 2 milhões de espectadores estejam presentes no evento.
Dilma parabeniza
Por meio de nota, a presidenta Dilma Rousseff parabenizou na segunda-feira (10) os atletas brasileiros que participaram dos Jogos Paralímpicos 2012, encerrados ontem (9) em Londres. “Graças à força, garra e capacidade de superar limites, alcançamos uma inédita sétima colocação, com a conquista de 43 medalhas – 21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze”, disse.
No comunicado, Dilma lembrou a vitória inédita de Tito Sena na maratona, as seis medalhas de ouro do nadador Daniel Dias e o triplo pódio brasileiro nos 100 metros rasos com Terezinha Guilhermina, Jerusa Santos e Jhulia Karol.
“Importante dizer, porém, que cada um dos nossos atletas paralímpicos que estão em Londres, tendo conquistado ou não medalhas, representa uma história pessoal de luta e superação, exemplo para toda a nação”, acrescentou.
A presidenta ressaltou ainda que 156 dos 182 atletas da delegação paralímpica brasileira atual são beneficiários do Programa Bolsa Atleta e garantiu que governo vai intensificar o apoio aos esportistas para que um número cada vez maior deles tenha condições de treinar e se dedicar ao esporte.
(Agência Brasil)