Pesquisa divulgada pelo Ipea na manhã de hoje (1º) mostra que, entre as regiões do país, apenas no Sul aumentou a aquisição de armamento no país entre 2003 e 2009
São Paulo – O número de armas de fogo compradas pelas famílias brasileiras anualmente caiu 35,08%, de 57 mil para 37 mil, entre os biênios 2002-2003 e de 2008-2009, após o Estatuto do Desarmamento, sancionado em dezembro de 2003. Os dados foram revelados por estudo apresentado na manhã de hoje (1°), no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseado em dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A parcela da população que efetuou compra de arma de fogo no trimestre anterior à pesquisa do IBGE despencou 40,6%, de 0,0397% em 2003 para 0,0236% em 2009.
Na comparação por região, as que mais puxaram a queda na compra de armas são Nordeste (56,5%), Norte (54,5%) e Sudeste (38,9%). Em contrapartida, a região Sul apresentou um aumento de 21,9% na compra de armas no período. A proporção de compradores de armas é 396,4% maior no campo do que nas metrópoles.
Analfabetos e pessoas com até três anos de estudo compram duas vezes mais armamentos do que as com 12 anos ou mais de estudo. Entre as pessoas “sem instrução” (zero a três anos de estudo), 0,0536% tiveram gasto com arma de fogo em 2003, contra 0,0271% das com 12 anos ou mais de frequência em escola; em 2009, os índices caíram para 0,0313% e 0,0156%, respectivamente.
Já por estrato de renda, as chances de compra são maiores entre os membros da classe C, que superam em 7,5% e 103% as aquisições das classes AB e E, respectivamente. Segundo o estudo, empregadores e trabalhadores por conta própria têm chances 219,7% mais do que a dos empregados privados de adquirir uma arma.
De acordo com a pesquisa, o estudo mostra que “o pico etário” da demanda por armas é maior entre os jovens de 20 a 29 anos, faixa que em 2009 superava em 172% a de pessoas 20 anos mais velhas. Mesmo assim, a proporção entre os jovens que têm despesas com armas de fogo caiu de 0,0750% para 0,0366% da população ouvida pelo POF do IBGE após a promulgação do Estatuto de Desarmamento.
O ministro-chefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, destacou que “o Brasil foi proativo na implementação de uma política nacional de contenção do uso de armas de fogo”, o que, segundo ele, foi fundamental para a queda de despesas da população brasileira com armas de fogo desde que o Estatuto do Desarmamento entrou em vigor.
Por: Redação da Rede Brasil Atual
Vejo com preocupação essa diminuição de vendas de armas no País.
bandidos não compram armas em lojas. Elas são adquiridas no “Mercado Negro”, ou via contrabando. (aliás, hoje – 05.04 – foi apreendido um carregamento de armas pesadas que iriam para a Bahia).
A Legislação dificulta a compra de armas por pessoas honestas, que querem garantir a defesa da Familia; e o Estado é incompetente no quesito segurança !