A manchete poderia ser também que, entre a tela da TV e as telinhas de celulares e tablets, o pessoal prefere a televisão convencional
Nunca foi tão fácil acompanhar a Copa do Mundo. Nunca uma Copa do Mundo foi tão falada em mídias sociais pelo mundo todo. Mas uma pesquisa aponta que mais de um em cada três pessoas com acesso à internet prefere assistir jogos na mesa do bar. O local preferido, registre-se, é outro: o aconchego do lar. E, em todo caso, o mais legal é ver pela TV.
Deu na Teletime: pesquisa divulgada pela Global Web Index aponta que 85% de quem tem acesso à internet no Brasil, Reino Unido e Estados Unidos dizem assistir aos jogos em casa. São 36% os que gostam de acompanhar pelejas em bares. O Reino Unido lidera neste último quesito: por lá, 43% gostam dos pubs para ver futebol.
Reúnem os amigos 60% dos entrevistados. Parceiros (cônjuges) estão presentes em apenas 48%. No Brasil, 43% colocam as crianças para ver os jogos, e 41% acompanham tudo com os pais — o que tem a ver com o perfil jovem de quem acessa a internet no país. Nos outros países, os pequenos só acompanham em 20% dos casos.
Entre os entrevistados do estudo World Cup Behaviors (apenas pessoas com acesso à internet, ouvidos em 12 de junho, data da estreia do Mundial), 85% estão interessados no evento. No Brasil, esse índice chega a 96%. Isso quer dizer que existem 4% alheios a tudo isso (como assim?).
A maior parte deles (77%) acompanha os jogos ao vivo pela TV.
A transmissão ao vivo de vídeo na internet é usada por um quarto dos entrevistados. E um em cada cinco (19%) assistem reprises sob demanda, na Web. Responderam que também consideram a possibilidade de gravar os jogos para assistir depois 16%.
Note-se que as opções não são excludentes. Aqui entre nós, se imaginarmos um brasileiro médio, o resultado tende a ser esse mesmo. No dia de jogo do Brasil, a partida é vista na TV. No dia de jogo de outros times, quando o expediente não é facultativo, o usuário de internet cogita acompanhar pela web, seja em vídeo, seja em áudio.
Há ainda 16% que ouvem o jogo em rádio via broadcast e 11% sintonizam rádio na web para a Copa.
Se não usam a rede para ver, metade companha os jogos com uma segunda ou terceira tela em mãos, para conferir o que dizem amigos e para confirmar informações. Um terço publica posts e atualizações. Facebook (94%), Twitter (59%) e WhatsApp (51%) são as plataformas preferidas no Brasil.
É a enésima morte do comentarista que só fala bobagem, vítima da informação verificada no Google.
Por outro lado, para se informar, dois terços dos brasileiros usam sites de notícia. É a primeira fonte de informação da turma, seguida de conversas com os amigos e do Facebook. Depois, aparecem canais de TV e sites de esportes. Nos EUA e no Reino Unido, os sites são a terceira fonte de informação mais usada, atrás dos amigos, do Facebook (EUA) e de canais de TV (Reino Unido).
Nota de uma semana antes, publicada pela emissora dos EUA CNN, juntou informações para afirmar que a Copa está no rumo de se tornar o maior evento social da história da internet. Segundo o Facebook, 10 milhões de pessoas fizeram 20 milhões de interações no jogo Estados Unidos x Portugal, ainda na fase de grupos. O Twitter registrou 8 milhões de publicações durante a partida. A abertura da Copa envolveu 12,2 milhões de post.
Ainda é menos do que a final do Super Bowl (futebol americano), quando 24,9 milhões de tweets foram registrados. Mas a trilha promete.
Até um dos perfis oficiais do Twitter entrou na onda, tirando onda da rivalidade entre o papa Francisco, argentino de berço, e a guarda suíça, na mais recente partida entre os seguidores de Messi e os representantes da terra do chocolate. Confira: