Com a proposta de adquirir maior conhecimento sobre o assunto reciclagem a Cooperativa de reciclagem de Embu – Coopermape, que trabalha há 17 anos no município de Embu, no bairro do Jd. Santo Eduardo, visitou na quarta-feira, 3, uma cooperativa de reciclagem modelo, a Avemare, no município de Santana do Parnaíba. Os representantes de Embu foram acompanhados pelo vereador, presidente da Câmara Municipal, Silvino Bomfim (PT).
Interessados em trocar experiências e aprender com uma das maiores cooperativas no ramo de reciclagem, seis integrantes da cooperativa Coopermape convidaram o presidente da Câmara, Silvino Bomfim a acompanhar uma visita educacional com a proposta de identificar novas formas para o seu próprio crescimento no segmento de Reciclagem.
Recebidos pelos cooperados da Avemare, os componentes da Coopermape puderam observar os processos de reciclagem adotados e o histórico da Avemare tendo como subsídios incentivos federais e Leis municipais para o seu fortalecimento.
Apoio da Petrobras e BNDES
O educador do Instituto de Projetos e Pesquisa Socioambientais (IPESA), Daniel Carvalho, indicou o histórico da Avemare e suas conquistas no ramo da reciclagem. Daniel demonstrou os números de crescimento e os avanços que a cooperativa obteve ao longo de seus quatro anos de existência, expondo os caminhos que eles adotaram para sua inserção em programas instituídos pela Petrobras e o BNDES, com a compra de maquinário e o aporte administrativo.
Daniel explicou aos cooperados e ao vereador Silvino Bomfim, que há no âmbito federal a Lei 11.445 que regulamenta as diretrizes nacionais de saneamento básico para o contrato direto sem necessidade de licitação como aporte financeiro às Cooperativas.
Segundo ele, também há uma prerrogativa modificando a Lei 8.666, que rege sobre licitações e contratos administrativos. “Ela modifica a Lei possibilitando que as prefeituras façam o contrato direto com as cooperativas e associações recebendo por Serviços Ambientais, mas o que não está claro ainda é como será essa remuneração. No caso de Diadema a prefeitura paga por tonelada coletada o mesmo valor que ela reembolsa empresas de gerenciamento de lixo comum”, disse o educador Daniel Carvalho.
Daniel apontou que as cidades de Diadema e Londrina são os casos mais avançados, onde as captações de recursos municipais e federais com as diretrizes estão dando grandes resultados. “Em diadema a empresa de reciclagem recebe o mesmo valor [por tonelada recolhida] de uma Companhia de Lixo, por meio do governo municipal em sistema de bonificação ajudando as despesas operacionais”, disse Carvalho.
Por: A. Oliveira para o Fato Expresso