O Prefeito de Embu das Artes, Chico Brito, acreditou num sonho possível: melhorar a qualidade de ensino no município, alfabetizando as crianças até o 2º ano do Ensino Fundamental, e implementou o projeto Educa+Ação, um acordo de cooperação entre a Prefeitura de Embu, a Fundação e Banco Bradesco e a Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE).
O programa Educa+Ação, desenvolvido pela Fundação Bradesco, está alinhado com o movimento Todos Pela Educação e capacita educadores, dá apoio na sala de aula e nas reuniões de trabalho pedagógico coletivo, oferece material educacional para professores e alunos, num esforço coletivo pela alfabetização e motivação da aprendizagem.
O projeto piloto implementado em 2009 e 2010 atendeu mais de 600 crianças em quatro escolas da Rede Municipal. Foram dois anos de engajamento e esforços coletivos festejados com muita alegria pelos educadores durante o evento de encerramento, realizado no dia 13 de dezembro, no Espaço Terra. Silvia Juhas, supervisora pedagógica da Fundação Bradesco, apresentou os enormes avanços alcançados: 82% dos alunos terminaram o ano alfabéticos, já sabem ler, escrever e interpretar pequenos textos. Esta pontuação é muito acima da média brasileira, comenta.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)* da Rede Municipal de Embu é de 4,7, menor índice quando comparado com os municípios vizinhos (Cotia, Itapecerica da Serra e Taboão da Serra), mas todos abaixo da média do Estado de São Paulo que é de 5,5. O objetivo do Brasil é ter em 2022 a pontuação 6, que corresponde à qualidade do ensino em países desenvolvidos. Leandro Dolenc, presidente da SEAE, acredita que com o programa Educa+Ação podemos alcançar esse índice em poucos anos. “A iniciativa inovadora do Prefeito Chico Brito coloca Embu na vanguarda da educação de qualidade no Brasil. Fiquei muito feliz quando o Prefeito me chamou há um mês e, na presença de um alto executivo de um dos maiores bancos do Brasil, elogiou os resultados do projeto e disse que seria mantido na cidade”, afirmou Dolenc.
Silvana Pontes, coordenadora do projeto na SEAE, analisa: “Se conseguimos resultados tão positivos nestas quatro escolas, porque não expandir para todas? Quando conhecemos algo bom, queremos compartilhar e multiplicar, porque são sementes de coisas grandiosas que trarão grandes transformações. É o momento do Embu sonhar grande”, conclui.
Dr. Mozart Neves Ramos, presidente do Todos Pela Educação, ao tomar conhecimento da implementação do Educa+Ação, elogiou a secretária de educação Rosimary de Matos, e sugeriu que o exemplo fosse seguido pelos demais municípios do CONISUD, para terem acesso aos recursos especiais do MEC destinados aos ‘Arranjos Locais de Desenvolvimento da Educação’.
Atualmente o programa Educa+Ação, elaborado pela Fundação Bradesco, atende cerca de 25.000 alunos em 13 municípios brasileiros localizados na região do Vale do Ribeira, Jundiaí, Embu e Mato Grosso dos Sul, todos com excelentes resultados comprovados. Em Jundiaí, foi implementado em 2010, apesar da cidade apresentar um Ideb avançado, 5,8. O município avaliou vários programas ao longo de 2009, antes de adotar o Educa+Ação no Ensino Fundamental que atende mais de 20.000 alunos.
Educa+Ação amplia horizontes
Os educadores que participaram do projeto piloto ampliaram os horizontes, sonharam, acreditaram e realizaram, pois como disse Goethe, “quando uma criatura humana desperta para um grande sonho, e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor”. Patrícia da Silva, professora da Escola Municipal Profa. Elza Marreiro Medina conta: “minha sensação foi de total acolhimento, me senti importante e subsidiada, pois sabia que havia uma equipe trabalhando comigo, interessada em meu trabalho, compartilhando do meu dia a dia de sala de aula. O trabalho do professor é muito solitário, já não estamos acostumados a trabalhar em equipe, muitas vezes não sonhamos mais com a melhora em alguns aspectos estruturais da educação e por vezes nos deixamos levar por uma onda de passividade que empobrece nossa prática diária. Sentir o apoio de uma equipe, o companheirismo, criar juntos, receber sugestões, muda por completo este quadro”, afirma.
Andreia Cristina M. Justino, professora da Escola Municipal Mauro Ferreira da Silva, entusiasmada com o desenvolvimento de seus alunos, arregaçou as mangas em busca de novos conhecimentos, ampliando a percepção das crianças na temática da alimentação sustentável. Pesquisou, participou do Curso de Formação de Educadores do Programa Fonte Escola, aprendeu sobre educação ambiental, jardinagem, horta, compostagem, planejou com a equipe da SEAE e com os professores da escola e implementou um novo projeto: montou uma composteira na escola que está enriquecendo o solo! “As crianças participam muito, trazem as cascas de casa, assim a aprendizagem é muito mais significativa. Trabalhar alimentação saudável, horta e lixo orgânico foi extremamente enriquecedor”, diz.
“A educação para a cidadania, num mundo tecnológico e globalizado, guarda grandes desafios. Desafios que precisam ser enfrentados. A transformação que nós queremos ver na educação brasileira passa, necessariamente, pela valorização do professor. Ele precisa ser um guerreiro, estar muito bem aparelhado, valorizado profissionalmente, com formação adequada e espaços garantidos de reflexão compartilhada para poder fazer frente a tantas demandas. As avaliações positivas dos educadores participantes do projeto e os resultados conquistados nos estimulam a continuar comprometidos com a educação das crianças do Embu”, finaliza Silvana Pontes.
(Fonte: Indaia Emília – Assessoria de Comunicação SEAE)