São Paulo – O impasse sobre a possibilidade de São Paulo sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014 pode ser resolvido nos próximos dias, afirmou na quinta-feira, 20, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Emanuel Fernandes, coordenador do Comitê Paulista da Copa de 2014.
A reunião de instalação do comitê ocorreu hoje (20). Segundo Fernandes, o grupo está acompanhando as negociações do Sport Club Corinthians Paulista, da Construtora Odebrecht e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção do estádio do clube, no bairro de Itaquera, na zona leste da capital.
O secretário ressaltou que tanto o governo estadual quanto o municipal continuam comprometidos em tornar viável a abertura da Copa 2014 em São Paulo. Ele disse que, no entanto, o governo do estado não cogita a possibilidade de colaborar financeiramente para a construção do estádio, já que, caso a arena seja selecionada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), terá que arcar com os custos relativos aos investimentos necessários para melhorar a infraestrutura no entorno.
“Nós estamos procurando ajudar para que o estádio saia da sua capacidade de 45 mil para 65 mil pessoas e, a partir daí, possa sediar a abertura. Estamos na fase final de resolução disso”, afirmou o secretário. Segundo ele, para que o estádio esteja pronto em 2014, a terraplanagem deve começar a ser feita, no máximo, em abril.
Se o estádio for escolhido, serão aumentadas as frequências das linhas de metrô, de acordo com Fernandes. Do ponto de vista viário, serão feitas intervenções que já estavam previstas em projetos do governo, por conta de sua proximidade com escolas técnicas estaduais e um fórum na região. “É um polo de desenvolvimento da região leste. Os estudos já estão bastante adiantados. Esse não é um problema para o governo de São Paulo e para a prefeitura”.
Na reunião, explicou Fernandes, foram definidos três objetivos para a Copa: que o estado de São Paulo se consolide como destino internacional de eventos, que seja garantido um alto nível de excelência na prestação de serviços ao turista e que as obras e projetos sejam um legado para São Paulo. “Sendo na zona leste, o legado físico para a autoestima da região já é bastante grande, mas temos que trabalhar nos dois outros objetivos a partir de agora.”
(Por Flávia Albuquerque, repórter da Agência Brasil)