Na sessão da Câmara, 9 vereadores preferiram mandar para o arquivo o pedido de cassação do prefeito de Taboão da Serra
A Câmara de Taboão da Serra rejeitou o pedido de cassação do prefeito Evilásio Cavalcante de Farias (PSDB) na sessão realizada no dia 13 de setembro. Por 9 votos a 3, o pedido de abertura de processo de Impeachment assinado por José Afonso da Silva, representando a sub-sede da Apeoesp (Associação dos Professores do Estado), foi arquivado. Votaram pela abertura do processo contra Evilásio apenas os vereadores da oposição, Paulo Félix (PSDB), Olívio Nóbrega (PR) e Cido da Yafarma (DEM).
- Multidão tumultua sessão da Câmara que arquivou o pedido de cassação do prefeito Evilásio Farias em Taboão da Serra
A sessão foi novamente tumultuada, com a presença de centenas de manifestantes de movimentos sociais e partidos políticos de esquerda, como o Psol e o Pstu. Com gritos de ‘Fora Evilásio’, eles novamente seguiram em passeata da Praça Nicola Viviléchio para o prédio da Câmara, onde eram aguardados pela turma do ‘Fica Evilásio’, boa parte servidores comissionados que participam do atual governo da cidade.
O relator do pedido de cassação, vereador Wagner Eckstein (PT) alegou total falta de provas para levar o processo adiante e recomendou seu arquivamento. O vereador disse que quase todas as denúncias apresentadas por José Afonso foram baseadas em notícias da imprensa, e praticamente nenhuma prova foi anexada ao processo. A posição dele foi contestada por Paulo Félix (PSDB) e Olívio Nóbrega (PR), ambos lembrando que o que estava em discussão é se um processo seria ou não aberto contra o prefeito, e não a cassação em si, cuja execução dependeria de investigações e busca de provas. Não adiantou. Horas depois do início dos debates, o pedido acabou sendo derrubado.
Pelo arquivamento do processo contra o prefeito votaram os vereadores Alberto Queiroz, Alexandre Depieri, Fausta Leite, José Aprígio, Ronaldo Onishi, Tales Franco, Valdevan Noventa, Wagner Eckstein e Walter Paulo.
Um dos momentos mais tensos da sessão foi quando os vereadores Paulo Félix e Valdevan Noventa (PDT) trocaram farpas, inclusive com insinuações de Félix de que Noventa teria participado de crimes, inclusive de morte. Porém, a briga foi ‘abafada’ pelos demais colegas, com panos quentes. Ronaldo Onishi apoiou o arquivamento e disse que a CEI da Câmara, por exemplo, já reuniu milhares de páginas e não chegou ainda a nenhuma conclusão. Para ele, as investigações contra o governo se tornaram um verdadeiro palanque eleitoral.
Desde o mês de março o governo do prefeito Evilásio Farias vem enfrentando dezenas de denúncias de corrupção envolvendo baixas ilegais de IPTU e ISS. Servidores, Secretários e Vereadores são investigados pelo sumiço de milhões de reais em impostos devidos na cidade. Posteriormente a polícia passou a investigar o sumiço de milhares de multas de trânsito, e agora o foco das investigações é a Secretaria de Cultura, que teria desviado dinheiro destinado a ONGs que prestam serviços ao setor.
CONTRAPONTO
- Vereadores rejeitam pedido de cassação do prefeito Evilásio Farias
O arquivamento do pedido de cassação do prefeito é apenas uma pequena vitória diante da verdadeira avalanche de acusações que o governo municipal vem sofrendo na Imprensa, na Polícia e na Justiça. Pelo próprio calendário, o uso eleitoral dos fatos é evidente. A oposição vem fazendo o governo sangrar lentamente, com a ajuda de agentes nada isentos no processo. Porém, os fatos descobertos até agora são realmente graves e devem ser apurados até as últimas conseqüências.
Os vereadores continuam ‘catatônicos’ ao analisarem seus próprios pares. Os quatro vereadores presos e processados por corrupção continuam incólumes. A Câmara ainda não moveu uma palha para cassar os afastados Vereadores Natal (PP), José Luiz Elói (PMDB), Arnaldo Clemente dos Santos (PSB) e Carlos Alberto Pereira de Andrade (PV). Os cargos em comissão (cinco por gabinete) só foram desocupados pelos antigos ocupantes há uma semana, após a revolta dos suplentes, que estavam desde julho nos cargos, mas não tinham acesso à contratação de assessores, nem do uso dos gabinetes a que tinham direito. Agora, pelos menos 20 funcionários da Câmara Municipal estão sendo trocados, em cargos com salários entre R$ 1.200 e R$ 7.500.
(Fato Expresso)
Eu espero que tudo seja apurado, pq tenho grande simpatia pelo prefeito e ñ acredito que ele esteja envolvido,inclusive o Taboao melhorou muito depois que o Evilasio entrou, isso pode ser gente que quer caluniar ele.