Obra do jornalista Ricardo Batista Amaral traz fotos e dados inéditos sobre a trajetória da primeira mulher presidente da república, desde sua militância de esquerda e prisão, até chegar ao mais alto cargo do País
A trajetória pessoal da presidenta Dilma Rousseff e a história do Brasil moderno se entrelaçam numa grande reportagem, retratada no livro “A Vida Quer é Coragem”, do jornalista Ricardo Batista Amaral. A obra cobre fatos históricos, do suicídio de Getúlio Vargas, quando Dilma era criança, ao golpe de 1964, quando se aproxima das organizações de esquerda.
O livro segue falando de sua vida na clandestinidade, prisão e tortura na ditadura militar, à luta pela anistia e pela redemocratização. O encontro de Dilma com Leonel Brizola, na fundação do PDT, e sua aproximação com Lula, durante o apagão e na campanha eleitoral de 2002. A chefia da Casa Civil, que assume em plena crise do mensalão, os bastidores da reeleição, a luta contra o câncer e a vitória nas eleições de 2010: uma história de resistência, esperança e coragem, segundo texto de divulgação da obra, que já está à venda.
Foto Histórica
Uma das fotos retratadas no livro é de Dilma muito jovem, aos 22 anos, quando é interrogada no STM (Tribunal Militar) no Rio de Janeiro, em novembro de 1970. Seus interrogadores escondem os rostos para não serem identificados na fotografia. Dilma diz gostar da foto e não vê nenhum constrangimento em ter sido registrada durante seu interrogatório, por considerar que foi uma prisão por motivos políticos. “Sabe por que eu gosto daquela foto? Porque ela é verdadeira. Foi o que aconteceu”, disse a presidente a uma colunista do jornal Folha de S. Paulo, recentemente.
Sobre os militares que a interrogaram e cobriram seus rostos durante o interrogatório, Dilma diz conhecer todos, e que ‘oportunamente’ divulgará seus nomes para que todos saibam quem a inquiriu em 1970. Antes de ser levada a interrogatório, Dilma, que pertenceu à VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), foi torturada na prisão por mais de 20 dias.
“Procurei fazer um relato objetivo dos fatos, como se espera de uma reportagem, sem abrir mão de explicitar meu ponto de vista”, falou o jornalista Ricardo Amaral em entrevista à Revista Época.
O livro já está à venda em todo o País.