Populares reivindicam abertura do Centro Cultural Sto. Eduardo e Prefeitura justifica atraso; Círculo Palmarino comandou ação de grafiteiros em protesto pela demora na conclusão das obras
A demora na entrega e conclusão das obras do novo Centro Cultural no jardim Santo Eduardo está causando revolta em entidades culturais de Embu das Artes. Organizados pelo Círculo Palmarino, um grupo de grafiteiros marcou as paredes do ginásio do novo Centro Cultural com palavras de ordem e desenhos, reivindicando a inauguração do espaço prometido à população para agosto de 2010. A ação aconteceu no último domingo, dia 4.
Com dois anos de atraso, a obra ficou paralisada aguardando o repasse de recursos para a compra do mobiliário, apesar do investimento de R$ 1 milhão em sua estrutura.
De acordo com Juninho, a ação serviu como ato de protesto. “O que o Circulo Palmarino fez em conjunto com outros movimentos e ativistas foi realizar uma ação simbólica, não violenta e acima de tudo cidadã, para constranger as autoridades municipais que precisam vir a público explicar o porquê do atraso das obras”, disse Juninho por meio de email enviado à redação do Fato Expresso. Além dos desenhos os manifestantes utilizaram a figura de um bolo de aniversário simbolizando o tempo de espera da população pela inauguração do espaço.
Em reposta ao ato o secretário de Cultura, Paulo Oliveira, classificou a ação como eleitoreira, não fazendo esta parte de uma ação cultural. Para Oliveira, o Centro Cultural irá beneficiar a todos da região do Sto. Eduardo e seu atraso se deve ao repasse por etapas dos investimentos na construção da obra. Segundo o secretário de Cultura, a inauguração do Centro cultural Santo Eduardo está prevista para o mês de abril, quando se iniciam os cursos do projeto Núcleos de Cultura.
Em nota a prefeitura também repudiou a ação, respondendo por meio da plataforma da rede social facebook as questões levantadas pelo grupo de manifestantes. Para a prefeitura o ato que ocorreu no Centro Cultural do Jardim Santo Eduardo infringe a Lei 9.605/98, que dispõe sobre sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências; e a Lei 12.408/2011, que trata de pichação e grafite em monumentos públicos, além de estabelecer penas a quem pratica a ação.
Em resposta à demora na entrega das obras do novo centro Cultural, o governo municipal reforçou que a construção está em fase de acabamento e recebendo instalações de equipamentos de som e luz, além de mobiliário.
Gestão compartilhada
Além da cobrança sobre o atraso na inauguração do novo Centro Cultural Santo Eduardo, o manifesto assinado por diversas entidades sociais e artistas da cidade também salienta a reivindicação de uma gestão compartilhada do novo Centro Cultural.
Segundo apontou o presidente da ONG Circulo Palmarino, Juninho, o movimento não deseja apenas a inauguração do espaço, mas a instalação de um conselho gestor compartilhado, com a presença da sociedade civil. “Queremos fazer parte do processo”, afirmou.
“Nós, dos movimentos culturais, ativistas e moradores queremos que a gestão do espaço seja feita de forma compartilhada com a instalação de um Conselho Gestor com a participação da sociedade civil. Não queremos um Centro Cultural que seja apenas auditório, mas uma estrutura dinâmica com diversas atividades. Queremos construir juntos e participar de todo o processo de gestão”, diz seu manifesto.
Um bem para todos
Segundo apontou o secretário de Cultura, Paulo Oliveira, a obra do novo Centro Cultural Sto. Eduardo será um benefício incomensurável para aquela região. “Trata-se de um pólo cultural implantado em uma região muito importante da cidade, com grande adensamento urbano e poucos equipamentos públicos para a garantia de direitos da população. É um importante passo para a Cultura e uma grande conquista da população”, disse Paulo Oliveira.
O novo Centro Cultural deverá abrigar diversas modalidades culturais, encabeçadas pelo projeto Núcleos de Cultura. “Serão implantados cursos do projeto Núcleos de Cultura e já foram selecionados Arte Educadores para as áreas de Música, Dança, Teatro, Desenho, Pintura em Tela, Modelagem em Argila, Violão, Percussão, entre outros. O Centro Cultural do Jardim Santo Eduardo contará ainda com biblioteca, e o projeto Telecentro, com cursos de inclusão digital para todas as idades”, reforçou Paulo Oliveira.
(*Alexandre Oliveira)
O meu Deus!!!
Que pena que eu nao estava la!!!
Esssa sempre demora, em resolver as obras iniciadas da Prefeitura, nao causa so constrangimentos, ao interessados. Tem que se pensar que as pessoas cobram dos agentes de Cultura, como o Juninho, Vulto, e mesmo nos Trindades, como se fossemos os detentores destas verbas, que inexplicavelmente, se tornam muito abaixo dos valores anunciados como arrecadados, e sempre sao insuficientes, para o complemento das obras planejadas.
O erro esta no planejamento destas?
Na administracao do dinheiro?
Na organizacao e distribuicao das obras, em prol de obras que acumulam mais votos?
E muita pergunta sem resposta…
Pichar e pouquinho, pacifico, deixa uma marca facilzinha de apagar, mas por enquanto todos poderemos ver, que as pessoas estao interessadas e vigiando. Acredito que se a Prefeitura um dia decidirr terminar a obra, a galera nem vai se importar de apoiar na pintura.
Falando nisso, aqui no Teatro Popular Solano Trindade, nas chuvas, o teto de gesso, desabou nos banheiros e no palco, estragando a madeira. A obra deveria estar na garantia, mas so a Prefeitura teem o contato e contrato com a construtora, e inexplicavelmente, a gente nao recebe, apesar de varios pedidos nenhuma manifestacao em termos de solucionar o problema…
Paulo Oliveira, Chico Brito, nos votamos em vcs, e agora??????
É terrível e imperdoável o atraso na entrega de importante equipamento cultural para a cidade. Concordo com os protestos, discordo da forma, repudio a pichação, a menos que os manifestantes pintem as paredes, afinal a pintura original foi paga por todos, com dinheiro arrecadado da já pesada carga tributária imposta aos trabalhadores brasileiros.
Sergio O.Barbi