Presidente dos EUA anunciou viagem no Twitter e, após visitar ilha, Obama vai à Argentina; último mandatário norte-americano em Cuba foi Coolidge.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira (18) que irá a Cuba em março. É a primeira visita à ilha de um mandatário norte-americano em exercício em 88 anos.
Obama deve visitar Cuba nos dias 21 e 22 de março, seguindo, logo depois, para a Argentina, onde ficará até o dia 24.
“Mês que vem, viajarei para Cuba para promover o progresso e os esforços que podem melhorar a vida dos cubanos”, afirmou o presidente no Twitter.
Obama disse, em outro tuíte, que, apesar do processo de normalização das relações bilaterais, ainda existem “diferenças” com o governo cubano e quer abordá-las “diretamente” em sua visita à ilha. “Os Estados Unidos sempre defenderão os direitos humanos no mundo todo”, escreveu.
No entanto, segundo Ben Rhodes, assessor de segurança nacional da Casa Branca, Obama não deverá se encontrar com o líder cubano Fidel Castro durante sua viagem à ilha. “Não esperaria que ele [Obama] se encontre com Fidel Castro. Raúl Castro é o presidente de Cuba”, declarou Rhodes à imprensa.
A última vez que um presidente norte-americano em exercício esteve em Cuba foi durante o governo de Calvin Coolidge, em janeiro de 1928. Na ocasião, ele foi à 6ª Conferência Anual Internacional de Estados Americanos, em Havana, e se encontrou com o então presidente cubano, Gerardo Machado. Na época, estava em vigor a Emenda Platt, que autorizava os EUA a intervirem em Cuba caso interesses do país fossem prejudicados. Em 2011, o ex-presidente Jimmy Carter (1977-1981) visitou a ilha.
Desde 17 de dezembro de 2014, quando Obama e o presidente cubano Raúl Castro anunciaram a reaproximação bilateral, uma série de reuniões, cerimônias e declarações envolvendo os governos de Cuba e EUA ocorreram entre a estreita distância de pouco mais de 150 quilômetros que separa a ilha do território norte-americano.
Resultado de 18 meses de negociações secretas, a retomada de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba pegou a comunidade internacional de surpresa, simbolizando a maior reviravolta desde a imposição do bloqueio econômico, em 1961.
*Do OperaMundi