A Shantala é uma massagem indiana milenar, nascida em Kerala, no sul da Índia, porém não se consegue precisar ao certo a sua origem. Sua prática é comum na Índia, e foi descoberta por acaso pelo médico obstetra e ginecologista francês Frédérick Leboyer, que ficou encantado ao ver um ato de amor e afeto tão grande entre mãe e filho, ainda desconhecido para ele. Passou então a aprender a técnica tão simples e que traz inúmeros benefícios para o bebê. Em homenagem à mãe indiana que ensinou Leboyer, a massagem foi batizada com seu nome.
A técnica consiste numa seqüência de movimentos que se inicia no tórax da criança. Todo o corpo do bebê, que deve estar nu, é massageado. Membros superiores e inferiores, costas e até o rosto recebem o carinho da mãe.
Segundo a fisioterapeuta materno-infantil especialista em Shantala Denise Gurgel, a massagem é o primeiro contato para transmitir ao bebê sensação de paz, carinho, proteção. “A criança se sente como se ainda estivesse no útero materno, e alguns pediatras já fazem a indicação da massagem, os pediatras geralmente indicam se os bebês sofrem de cólicas e/ou prisão de ventre”.
A Shantala proporciona inúmeros benefícios ao desenvolvimento dos bebês: fortalece o vínculo afetivo, ativa a circulação sanguínea e linfática, promove o relaxamento, diminuindo o estresse, melhora a qualidade do sono, alivia cólicas e prisão de ventre, aumenta a resistência imunológica, auxilia no crescimento físico, favorece o ganho de peso, desenvolve a atenção para o próprio corpo, minimiza o estresse na fase de dentição.
Para a cabeleireira Aparecida Santos, a técnica ajudou a saúde do seu neto. “Ele tinha cólica e um sono agitado; depois que aprendi a fazer a massagem, logo percebi a melhora, ele está dormindo tranqüilo e quase não sente mais dores.”
A técnica milenar também contribui no tratamento de bebês prematuros e é importante no tratamento de crianças com necessidades especiais como síndrome de Down e paralisia cerebral, autismo e hiperatividade. Não existem contra-indicações e sim cuidados. “Não deve ser realizada com a criança doente, com febre e alergia de pele. A mãe é orientada a realizar sempre no intervalo de mamada e com o bebê/criança acordada para aumentar a interação”, relata Denise.
(Ana Paula Timóteo, para o www.fatoexpresso.com.br)